Consta que em início do século XIX essa igreja estava em situação de ruína, e há registros acerca de uma possível obra de reconstrução, sendo que é não possível inferir a amplitude dessa obra. O que se pode ver é que a igreja possui uma bela fachada, discretamente avançada em relação às torres, que, por sua vez, se parecem com as da igreja da Ordem Terceira de São Francisco em Mariana.
O interior é simples, porém harmônico, com o altar-mor e os dois colaterais ornados de talha tendente ao rococó. A igreja possui colunas e tribunas nas laterais da nave principal, e a capela do santíssimo possui um belo e piedoso crucifixo, provavelmente da mesma época da edificação da matriz.
Nos anos 1990 a igreja novamente passou por grandes reparos, nos quais atuaram José Calixto da Silva, Morais Guido de Lima, João Facundo de Souza, Geraldo de Jesus Gomes e o carpinteiro Antônio Zacarias.
A parte mais dramática da história desse templo aconteceu nos anos 1990, quando a igreja sofreu um saque e muitas imagens sacras foram roubadas. Esse crime sacrílego gerou uma enorme tristeza na população local, e muitas das peças ainda são procuradas. Atualmente, os moradores se revezam na guarda da igreja bem como dos seus pertences.
O interessante na história dessa igreja é que ela ainda mantém todas as suas características setecentistas e a pureza do estilo original – algo raro quando se trata de templos históricos brasileiros que passam por muitas reformas. Os moradores de Padre Viegas – ou Sumidouro, como os mais antigos preferem – merecem uma menção honrosa por manterem íntegra e original, por quase três séculos, sua bela igreja matriz
Endereço: Praça Nossa Senhora do Rosário, S/N cep:35.428-700 , Mariana MG Padre Viegas
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