Apresentação e Histórico

Mariana – O primeiro nome de Minas

 

Sede da Capitania de São Paulo e das Minas do Ouro (1709), primeira Vila (1711) com a primeira Câmara Municipal, primeira Cidade (1745) e primeiro Bispado (1745) da Capitania das Minas Gerais (desmembrada em 1720), entre muitos outros pioneirismos históricos e cívicos, Mariana é a Cidade Matriz de Minas.

Ao visitante, propicia um mergulho na história de Minas e do Brasil pela contemplação e convivência com monumentos civis e religiosos, exemplares da arquitetura luso-brasileira, que abrigam obras de ornamentação em talhas, esculturas e pinturas e mobiliário originários dos séculos XVIII e XIX. Todas elas produzidas sob a inspiração do barroco português e pelas expressões singulares de seus artífices e construtores, resultantes do esplendor artístico do Ciclo do Ouro.

Fundada em 1696, sob o nome de Vila de Nossa Senhora do Ribeirão do Carmo, recebe o nome da esposa de Dom João V, Maria Ana d’Áustria, quando elevada a cidade. Já em 1709, a primitiva capela erguida para fundação do arraial minerador é transferida para a recém-construída Igreja Nossa Senhora da Conceição (hoje Igreja Catedral Basílica da Sé). Por seu porte, sua técnica construtiva, suas obras de arte e seu valor religioso e espiritual, a catedral da Sé é um dos monumentos mais importantes do patrimônio histórico brasileiro. O órgão Arp Schnitger, fabricado em 1701, na Alemanha, e instalado em 1752, por Antônio Francisco Lisboa, pai de Aleijadinho, é o único existente hoje fora da Europa.

Em 1747, o crescimento populacional e a criação do Bispado levam o governo português a encomendar ao engenheiro militar José Fernandes Alpoim um traçado geométrico para o seu núcleo urbano, mais um pioneirismo que a distingue de outras cidades coloniais mineiras. Doravante, Mariana adquire construções importantes, como o Palácio do Conde de Assumar (1715), Casa Capitular (1770), hoje Museu Arquidiocesano de Arte Sacra, a Casa de Câmara e Cadeia (1782), o antigo Palácio dos Bispos, hoje Museu da Música, o Colégio Providência e belas igrejas, entre elas, Nossa Senhora do Rosário (1752), São Pedro dos Clérigos (1752), São Francisco de Assis (1762) e Nossa Senhora do Carmo (1784) e, ainda, as capelas de Santo Antônio e Santana. O casario expande-se e implantam-se residências com dois pavimentos, sobretudo na Rua Direita e na Praça Dr. Gomes Freire, conjuntos expressivos do patrimônio urbanístico brasileiro setecentista.

Centro cívico, a cidade torna-se também centro religioso. O primeiro bispo, Dom Frei Manoel da Cruz, cria o Seminário Nossa Senhora da Boa Morte (1750), pioneiro em Minas Gerais na educação religiosa e no ensino de Teologia e Filosofia, formando gerações de mineiros ilustres. Hoje a educação religiosa de sacerdotes completa-se no Seminário São José.

Em 1945, Mariana recebe do presidente Getúlio Vargas o título de Monumento Nacional por seu “significativo patrimônio histórico, religioso e cultural” e ativa participação na vida cívica e política do país, construindo na Independência, no Império e na República, para a formação da nacionalidade brasileira. Todo ano, em 16 de julho, Dia de Minas, o Governo do Estado de Minas Gerais instala-se na cidade, realizando cerimônia alusiva na Praça Minas Gerais que, pela harmonia e beleza plástica de seus monumentos, é um expressivo conjunto urbano da Minas colonial. 

O município de Mariana situa-se na vertente sul da Serra do Espinhaço, na Zona Metalúrgica de Minas gerais, conhecida como Quadrilátero Ferrífero, a 697 metros de altitude. Faz limite com os municípios de Ouro Preto, Barra Longa, Diogo de Vasconcelos, Acaiaca, Piranga, Catas Altas e Alvinópolis. Possui 9 distritos e 22 subdistritos, distribuídos em uma área de 1.199,37 km.

Situa-se na Bacia do Rio Doce, banhada pelo Rio do Carmo, que possui dois afluentes: Gualaxo do Norte e Gualaxo do Sul.

A altitude máxima chega a 1.772m no Pico do Itacolomi, referência para os primeiros viajantes que, no final do século XVII, chegaram à região, em particular, o coronel Salvador Fernandes Furtado que, ao encontrar ouro na região, fixou a bandeira que liderava às margens do Ribeirão do Carmo.

A extração de minério de ferro é a principal atividade industrial do município, forte geradora de empregos e receita pública. Seus distritos desenvolvem atividades agropecuárias e apresentam artesanato variado, expressando a diversidade cultural de Minas Gerais.

Mariana é também centro religioso e educacional com a Arquitetura e seus Seminários Maior e Menor, os Institutos de Ciências Humanas e Sociais - ICHS e de Ciências Sociais Aplicadas – ICSA da Universidade Federal de Ouro Preto, o Colégio Providência e outras Instituições de ensino superior, médio e fundamental.

Destaca-se pelos seus artistas, sobretudo pintores e entalhadores, e por programas de organização e incentivo à cultura e ao turismo, patrocinados pela Prefeitura Municipal.